terça-feira, 6 de julho de 2010

Novas tecnologias permitem operar mais 20% dos tumores cerebrais

Dados apresentados no XXI Congresso da Sociedade Espanhola de Neurocirurgia

A aplicação das novas tecnologias à Neurocirurgia permite operar mais cerca de 20% de Tumores Cerebrais, localizados até agora em zonas inacessíveis aos neurocirurgiões.

Esta revelação foi destacada pelo médico Peter Black, chefe de Neurocirurgia em Harvard, nos EUA, durante o XXI Congresso da Sociedade Espanhola de Neurocirurgia, que reuniu 300 especialistas em Zaragoza (nordeste de Espanha).

Uma das técnicas inovadoras, da qual falou o especialista norte-americano como pioneiro na sua utilização, é a Ressonância Magnética Intra-Operativa, que permite ver imagens em tempo real do local do cérebro onde estão alojados o tumor ou a lesão cerebral.

O neurocirurgião explicou, em conferência de imprensa, que qualquer pessoa pode sofrer de um Tumor Cerebral, sem que de tal se aperceba, sendo que cerca de 70% desses tumores são malignos (Glioblastoma Multiforme).

Para operar com segurança e extrair o tumor, sem deixar sequelas graves, é utilizada a designada Cirurgia Guiada, na qual este especialista é uma autoridade mundial, e que consiste na utilização de sistemas de navegação, como o GPS, que ajudam a "viajar" pelo cérebro. A tecnologia deu um passo em frente muito significativo e, desde 1985, Peter Black tem utilizado um sistema intra-operatório que permite ver imagens do local a operar em tempo real e que assegura que o cérebro não fique afectado, adiantou.

No futuro, o neurocirurgião irá desenvolver ainda mais o sistema para conhecer as conexões no cérebro e saber onde pode e onde não pode ir, como se tratasse de várias ruas de uma cidade. A palavra-chave para operar o cérebro é "exactidão", afirmou Peter Black, adiantando que a taxa de complicações relacionadas com estas novas tecnologias é de 3 a 4%. No entanto, ressalvou que, graças a estas tecnologias, hoje é possível operar cerca de 20% mais de tumores até agora considerados inacessíveis.

Fontes: Lusa e Imprensa Internacional
MNI-Médicos Na Internet
18 de Maio de 2007

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